segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Ciranda 2014 / Teatro e Teatralidades

A Ciranda deste ano foi um verdadeiro sucesso! está cada vez mais madura essa articulação com as artes!!






Os trabalhos nas mesas foram extremamente ricos e rigorosos. Os fóruns de debates contaram com as contribuições de colegas de varias instituições, bem como outros convidados dos campos da literatura e outras artes. As peças de teatro, finalizando cada dia de jornada, possibilitaram momentos de muita alegria e aprendizado!
Para completar minha alegria e orgulho, o evento de Psicanálise e Arte que, como disse Ruth Ferreira Bastos, é filho da Ciranda,foi um agradável sucesso! Nele, tive a oportunidade de fazer a conferência que, infelizmente, não deu para fazer aqui. Meus queridos pares em Vitória fizeram um encontro de altíssimo nível! Infelizmente, não tenho fotos de Vitória...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Arte e Psicanálise
Dia: 17/10/2014 (sexta-feira) 
         A Escola Lacaniana de Psicanálise - RJ convida a todos para o Debate de Arte e Psicanálise:
       Convidada: Betty Milan – Autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Suas obras  também foram publicadas na França, Argentina e China. Colaborou nos principais jornais brasileiros e foi colunista da Folha de S. Paulo e da Veja. Antes de se tornar escritora, formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo e specializou-se em psicanálise na França com Jacques Lacan.                
      Coordenação: Teresa Palazzo Nazar - Psicanalista, Membro da ELP-RJ e autora         dos livros O Sujeito e seu texto e Você tem fome de quê?

      Local:  Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - loja 205 A –  Livraria da Travessa –                                                                                                                                                 Shopping Leblon - RJ
     Horário: 16h às 17:45

Atividade aberta ao público

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Psicanálise e Arte


Dia: 19/09/2014 (sexta-feira) 
         A Escola Lacaniana de Psicanálise - RJ convida a todos para o Debate no Seminário de Psicanálise e Arte:
       Convidado: Leonardo Bérenger -  Mestre em Literaturas de língua inglesa – UERJ; Dr. em estudos Shakeperianos-UFRJ; Profº de Literatura e Cultura Britânicas-Deptº de Letras da PUC-Rio.                
      Coordenação: Teresa Palazzo Nazar - Psicanalista, Membro da ELP-RJ e autora dos                
      livros O Sujeito e seu texto e Você tem fome de quê?

      Local:  Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - loja 205 A –  Livraria da Travessa –                                                                                              Shopping Leblon
    Horário: 16h às 17:45

Atividade aberta ao público

segunda-feira, 7 de julho de 2014

XI Ciranda de Psicanálise e Arte

O novo milênio começou sob os bons fluidos do século XX, marcado pela liberdade de pensamento, o direito de dizer o que se vê, o que se escuta, o que se experimenta, com as interpretações possíveis a cada um – conquista duramente adquirida pela humanidade, ao longo de dois milênios e duas grandes guerras, marcos do rompimento de pactos fundamentais de tolerância e respeito às diferenças étnicas, sexuais, religiosas, políticas, etc.
Todos esses acontecimentos mostraram que a relação do homem com a palavra defronta-o com os limites da verdade e do saber que a mesma franqueia e faz com que ele se dê conta de que sim, “a vida é sonho” – como bem disseram Shakespeare, Calderón de la Barca, Fernando Pessoa, e tantos outros – mas facilmente ela pode se transformar em pesadelo, em horror inaudito.
Tanto Freud quanto Lacan sustentaram a função do trágico e a importância do cômico na existência humana, como um resultado da simbolização da luta, da tensão entre Princípio do Prazer e Pulsão de Morte. Freud pressentiu a consciência trágica e lançou mão do mito. Lacan desenvolveu seu ensino propondo um retorno a Freud e avançou na teorização a partir da instrumentalização de novos campos de saber. Os dois fizeram da arte uma aliada na pesquisa do inconsciente e suas formações e isso lhes permitiu avançar na teoria e prática da psicanálise, valorizando ao máximo o sentido de humanidade, o tragicômico da existência, o recurso à arte e à produção científica como refúgios contra o mal-estar na civilização.
A arte é, hoje, um dos poucos campos a oferecer resistência ao apagamento do trágico, mostrando que a loucura e “a insustentável leveza do ser” podem e devem conviver, pois fazem parte do humano.

“A natureza da loucura é ao mesmo tempo sua útil sabedoria; sua razão de ser consiste em aproximar-se tão perto da razão, ser-lhe tão consubstancial que formarão, ambas, um texto indissolúvel, onde só se pode decifrar a finalidade da natureza: é preciso a loucura do amor para conservar a espécie; são precisos os delírios da ambição para a boa ordem dos corpos políticos; é preciso a avidez insensata para criar riquezas. Desse modo, todas essas desordens egoístas penetram na grande sabedoria de uma ordem que ultrapassa os indivíduos: Sendo a loucura dos homens da mesma natureza, ajustam-se tão facilmente num conjunto que serviram para constituir os mais fortes elos da sociedade humana: disso é prova esse desejo de imortalidade, essa falsa glória e muitos outros princípios sobre os quais marcha tudo que se faz no mundo [...] A loucura é o lado desapercebido da ordem, que faz com que o homem venha a ser, mesmo contra vontade, o instrumento de uma sabedoria cuja finalidade ele não conhece; ela mede toda a distância que existe entre a previdência e a providência, cálculo e finalidade. Nela se oculta toda a profundidade de uma sabedoria coletiva e que domina o tempo.”
                       (Foucault, M. “História da Loucura”, São Paulo, Perspectiva S.A., 1972, p. 179)

Na edição de 2014 da Ciranda, tomamos a arte e a psicanálise como duas poderosas ferramentas que poderão nos permitir uma aproximação crítica do que chamamos ‘desumanização’, colocando em questão o conceito de loucura e a relação com o inconsciente. Trata-se de romper com a obrigação de um sentido único para a existência e valorizar o livre pensamento, nos limites da relação com o semelhante. Daí a escolha do famoso quadro de Frida Kahlo, Moisés o Núcleo solar, pintado em 1945, ano de finalização da Segunda Guerra Mundial, para ilustrar nosso cartaz. Ele é um testemunho dos efeitos surpreendentes da relação do sujeito com seu inconsciente, seu tempo e com a miséria do humano. A artista criou essa obra após a leitura de Moisés e o monoteísmo, de Freud – o livro lhe causou forte inquietação e angústia, fazendo-a sonhar e a partir daí pintar o quadro em apenas três meses!


segunda-feira, 30 de junho de 2014


Sobre liberdade: 
Ao ler a coluna de Merval Pereira, os textos de Marcelo Coutinho e Demétrio Magnoli e, a reportagem "Ecos do Itaquerão', tudo no jornal O Globo de hoje, resolvi partilhar as seguintes reflexões:
"Tenho muito respeito e apreço pela liberdade de pensamento, o direito de tomar a palavra e dizer o que se vê, o que se escuta, o que se experimenta, com as interpretações que se possa alcançar. Esta é uma conquista duramente adquirida pela humanidade, ao longo de dois milênios e duas Grandes Guerras, marcos assustadores do rompimento de pactos fundamentais de respeito às diferenças étnicas, sexuais,religiosas, políticas, etc.
Minha paixão pelo Teatro, arte sempre afinada com os acontecimentos que lhe são contemporâneos, levou-me à leitura de um autor nascido na Romenia da época do regime autoritário de esquerda, onde a liberdade de expressão, e criação era proibida, o que o obrigou a pedir asilo político à França, onde vive desde 1987. Trata-se de Matei Visniec, autor de inúmeras peças, entre elas, a genial "Da sensação de elasticidade quando se marcha sobre cadáveres".
A peça, dedicada à Eugène Ionesco, também é uma homenagem à "todos os escritores do Leste Europeu que combateram a literatura de estado e a arte
oficial , às vezes ao preço de terríveis provações e sofrimentos", como afirma na introdução. Reflitam comigo:
"Quando a justiça não consegue ser uma forma de memória ,
Só a memória pode ser uma forma de justiça". (poeta Ana Blandiana)
Sejamos justos, então:entre as conquistas de nossa jovem democracia, talvez a mais importante foi a retomada das liberdades individuais e a colocação do País na direção do desenvolvimento econômico, social e político, tão caros a um povo valoroso e sofrido como o nosso, depois de tantos anos de repressão e tantas vidas perdidas.
Será que opinar sobre a cena política do País , manifestar um posicionamento que não se alinhe à ideologia no poder, dizer de sua interpretação aos acontecimentos ou mesmo divergir, frontalmente,da condução da política interna e externa, executada pela presidente e seu Congresso, precisa ser atacado e violentamente desqualificado?
A verdade, sempre meio-dita, só aparece quando há espaço para a livre discussão.
Um País que não assegura ao seu povo a liberdade fundamental de divergir, de expressar suas opiniões, não é digno de se dizer democrático. Lembremo-nos do que sempre ocorre quando um regime se arroga o saber sobre o que pode ou não beneficiar o povo: retrocesso, autoritarismo, desigualdade, ferocidade, MORTE

Postado no Facebook no dia 19-06-2014

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Hoje, dia 16-06, tive uma reunião super importante no museu MAR, com a equipe da Escola do Olhar  e o curador do museu e meu querido amigo, Paulo Herkenhoff. Além deles, estavam presentes alguns artistas plásticos do sul do país. O motivo do encontro era preparar a XI Ciranda de Psicanálise e Arte, que acontecerá em setembro, dias 12, 13 e 14, no museu. Também discutimos as ações conjuntas para um trabalho junto ao entorno do museu, as comunidades, o hospital do câncer (setor infantil), enfim, um trabalho humanitário e dignificante, que nos faça amenizar os efeitos de nossa sociedade, tirando-nos do conforto de nossos cotidianos. Isso sim me faz sentir que a psicanálise é de utilidade pública, além do trabalho privado no consultório!
Doutor Nazar 
      
      
...fim de partida: final melancólico de governo! 
       Jacques Lacan, o mais famoso psicanalista francês, afirma sabiamente que a melancolia – ou seja, a não aceitação da perda do objeto mais precioso – pode ser traduzida como uma covardia moral. Quer dizer que a máscara que protegia o indivíduo, ao cair, deixa-o sem recursos diante dos outros. O sujeito, então, escolhe esconder-se na tristeza, na vergonha, protegendo-se do enfrentamento da realidade mostrada como sua verdade. A imagem arranhada funciona como um fantasma, um algoz severo que insiste no questionamento do que antes era apresentado.    
A presidente Dilma Rousseff deveria ter falado na cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil.      
Trata-se de uma questão moral e ética! Era seu dever tomar a palavra e falar em nome da nação que recebe as delegações, o público, a imprensa do mundo inteiro e de nosso País. É inadmissível que uma chefe da nação, que usou o dinheiro público para construir doze estádios quando a própria Fifa havia dito que só necessitava de oito, não fale no Evento de Abertura da Copa do Mundo! Isso, sem citar todas as obras caríssimas, inacabadas, inauguradas às pressas para o Evento... O que levou a chefe da nação a perder a oportunidade de aproveitar o ensejo para, em seu discurso, dizer dos “benefícios” que a Copa teria trazido para seu País. Logo ela, que nunca perde uma única oportunidade para enaltecer os feitos seus e de seu Partido! Como interpretar essa situação, tão esdrúxula quanto paradoxal, ainda mais num ano eleitoral?
Há uma dívida pairando no ar, pois toda a nação e os povos estrangeiros que vêm acompanhando pela imprensa os acontecimentos sociais e políticos da Copa no nosso País, esperavam uma palavra da Chefe Suprema da Nação, na presença de seu povo representado, no Estádio de Abertura da Copa, pelos torcedores e suas famílias. Como entender que o pronunciamento, tão esperado e devido, tenha sido feito em Rede Nacional de Rádio e Televisão, protegido do questionamentos, do olhar, e da reação do povo, em nome do qual a nossa governante enverga seu cargo? 
O povo, que paga seus impostos e sustenta as decisões e os gastos realizados por seus representantes, tem o direito de se manifestar diante de sua maior representante e, esta, tem obrigação moral de enfrentar as críticas que suas ações provoquem. Se isso não ocorre, mesmo assim, isto tem uma interpretação: covardia moral!     

segunda-feira, 9 de junho de 2014

XI Ciranda de Psicanálise e Arte: "Loucura, Arte, Loucura- Veredas do Inconsciente"

Em 12 e 13 de setembro, no Museu de Arte do Rio- MAR, das 10:00 às 17:00hs será realizada a XI Ciranda. Desde 2013 realizamos este evento no museu MAR, numa parceria super interessante, que agora contará com a participação das atrizes e diretoras, Guida Vianna e Celina Sodré que irão apresentar peça e leitura de peça, respectivamente. Participarão pessoas de outros países e estados, no empenho conjunto de debatermos a contemporaneidade, as loucuras e tratamentos possíveis para os males que nos assolam. E qual seria a ajuda da arte na compreensão de nossos sintomas? Que caminhos ela nos propõe em contrapartida ao tratamento analítico? Ela pode nos auxiliar?Qual a diferença entre arte e arte bruta?

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Novidades em Junho!

Esta semana, dia 04-06, quarta-feira,na Escola Lacaniana de Psicanálise,teremos o Seminário de Psicanálise e Teatro,coordenado por Teresa P. Nazar, às 19:00 hs. Às 20:00 debate sobre Psicanálise e Direito. Serão duas atividades abertas ao público, com a participação de Elisabeth Bittencourt, na exposição da segunda atividade e, na coordenação, estará Teresa P. Nazar. Na quinta-feira, dia 05-06, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, "Psicanálise e Arte: loucura em Visniec", com apresentação da atriz e diretora Guida Vianna e como debatedora,a psicanalista Teresa P Nazar.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Olá, gente! Na próxima quarta-feira, dia 09-04 será o meu seminário sobre Psicanálise e Teatro, onde desenvolvo a pesquisa de meu próximo livro. Após, haverá a conexão: Psicanálise e Música, tendo como convidada Marcia Silva e, como debatedor, Abilio Ribeiro Alves. 
Local: sede da Escola Lacaniana de Psicanálise - Av. Ataulfo de Paiva, 255 / 206 - CEP: 22440-032 - Leblon - Rio de Janeiro
Horário: a partir das 19:00hs