quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Tempo de uma transmissão oral: tempo de escrita


Passar da lembrança à memória exigiu do homem imensa determinação em organizar as ideias e privilegiar o curto-circuito entre o que a imaginação cria e o que a memória apreende e marca como tempo.
Articula-se a memória e a imaginação para dar lugar ou tornar presente algo ausente, ou seja, a preocupação com o esquecimento está colocada desde que o homem é homem e aprendeu a falar, na tentativa de não apagar seus rastros e a não coincidência com a imagem presente, evocada no que é contado e as marcas percebidas na voz de quem conta uma experiência vivida.
Aristóteles dirá que “memória é tempo”, “é passado”. Mas pode-se perguntar que tempo é esse, marcado por uma memória que poderíamos chamar de original? Refiro-me ao registro corpóreo, essa escrita produzida pelo que a voz imprime e o que investe enquanto olhar sobre um bebê.

Trecho do texto "Memorar o Possível". - Teresa Palazzo Nazar

Estudo da Memória 2

Estudo da Memória

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